quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vereadores aprovam piso do “prefeito” e são vaiados pelos professores








Em sessão extraordinária realizada na noite de ontem, 16, a Câmara de Vereadores de Pio XII aprovou o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração do Magistério Público Municipal de Pio XII.
O projeto estabelece o valor de 660 reais como piso dos profissionais do magistério de Pio XII, o que deixou a categoria muito descontente.
Os profissionais da educação lotaram as dependências da Câmara para acompanhar os debates e a votação do projeto. Durante o debate do projeto, os professores perceberam que era pura falácia o compromisso assumido antes por alguns vereadores, que prometiam alterar pontos do projeto em prol da valorização dos docentes.
O líder do governo na Câmara, vereador Júnior Bomba, chegou a chamar os professores de “mal-educados” e “sem caráter” (detalhe: o vereador é ele próprio um professor, embora não exerça a profissão). Os docentes compararam Jr. Bomba ao ex-vereador Roberto Carlos, que na legislatura passada dirigira ofensas parecidas aos professores. Pressentiu-se cheiro de pizza no ar, o que levou os docentes a vaiar os vereadores que se mostraram insensíveis aos apelos da categoria.
Atendendo reivindicação dos professores, o vereador Davi e a vereadora Duduca propuseram um acréscimo de 180 reais ao piso “do prefeito” e “da secretária”, o que elevaria o salário dos docentes para 840 reais.
A questão foi encaminhada à votação pelo presidente da Câmara, vereador Claudinho, de maneira confusa e pouco democrática, resultando na aprovação do projeto do prefeito Mundiquinho, que contou com os votos dos vereadores Assis Filho, Claudinho, Edmundo Pescador, Júnior Bomba, Josué, Oscar e Sepa. Contra o piso do prefeito e ao lado dos professores votaram o vereador Davi e a vereadora Duduca (ver fotos acima).
Os vereadores aliados de Mundiquinho, que se recusaram a aprovar o piso salarial de 840 reais, usaram o velho argumento do impacto que o aumento traria para as finanças municipais. Mas nenhum deles se propôs a abrir a caixa preta do dinheiro do município de Pio XII, dinheiro público, diga-se de passagem, mas administrado como se fosse propriedade privada da família Batalha e seus aliados. Por que os vereadores não explicam à população qual a razão de o Tribunal de Contas do Maranhão ter recusado a prestação de contas de Mundiquinho referente ao ano de 2007? Ou por que mais uma vez o orçamento do município é aprovado pela Câmara sem a participação popular, contrariando a lei? Ou ainda: por que não existe em Pio XII conselho do Fundeb para gerir e fiscalizar os recursos da educação, inclusive o dinheiro que é para pagar o salário dos profissionais da educação?
Depois da pizza, os professores realizaram protesto diante da Câmara, vaiando os vereadores aliados do prefeito. Alguns dos vereadores “esconderam-se” no interior da Câmara esperando os manifestantes irem embora. Como os manifestantes estavam determinados a madrugar na frente da Câmara, os vereadores foram aos poucos saindo da toca aos gritos de “vergonha”, “vendido”, “traidor”. Os últimos a sair e a receber as vaias dos professores foram o vereador Assis Filho e o vereador Josué. Muitos dos manifestantes declaravam-se arrependidos por terem votado em alguns desses vereadores.

Um comentário:

  1. Josivaldo de Maraba-PA6 de janeiro de 2010 às 13:54

    de acordo com que está nas manchetes,Pio XII precisa de mudanças já.
    Pio XII precisa de mais pessoas guerreiras com Gilcenio,Annes e Outras para fazer acontecer a MUNDANÇA JÁ, NÓS perdemos um grande potencia politica nacidade(Pedro Veloso),mas temos gente forte que pode mudar a politica de uma cidade muito querida por gente que um dia sonha em voltar a morar num lugar que vivemos praticamente a vida toda.
    Gilcenio e Georthon pra mim vcs sao essa mudança.

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