quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sinproesemma e trabalhadores em educação lançam comunicado à população explicando estado de greve


Os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino da cidade de Pio XII, lotados no Centro de Ensino Jansen Veloso, Centro de Ensino Newton Bello e Centro de Ensino Rafael Braga e o núcleo sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) em Pio XII lançaram comunicado à população explicando as razões de uma possível greve na educação maranhense a partir do 1º de março. Abaixo a íntegra da nota:

COMUNICADO AOS PAIS, ALUNOS, TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO E À COMUNIDADE EM GERAL

Os trabalhadores em educação da rede estadual lutam há anos para que sejam valorizados aqui no Maranhão. Nossos governantes fazem belos discursos nos palanques, prometendo melhorar as condições de trabalho e o salário dos professores, secretários, vigias e zeladores, mas, depois de eleitos, “esquecem” as promessas feitas e até evitam conversar conosco.

É exatamente isso o que está agora acontecendo. Depois de eleita, a governadora Roseana Sarney fechou as portas para o diálogo, evitando fazer mudanças na proposta de lei (Estatuto do Educador) que tragam em 2011 benefícios para os trabalhadores em educação.

Assim, se não lutarmos pela valorização do difícil trabalho que realizamos, seremos mais uma vez esquecidos e 2011 será mais um ano perdido.

Diante disso, os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino da cidade de Pio XII, lotados no Centro de Ensino Jansen Veloso, Centro de Ensino Newton Bello e Centro de Ensino Rafael Braga, decidiram na última sexta-feira, 18/02, entrar em greve, decisão essa já tomada por companheiros de outros municípios. Até quarta-feira, 23/02, os trabalhadores em educação de todo o Maranhão terão decidido se devem ou não ir à greve. A data para o início da greve geral na rede estadual de ensino do Maranhão é 1º de março.

Dessa forma, pedimos a compreensão de todos para uma possível paralisação das aulas. Sabemos que é preferível irmos à greve agora, no início do ano letivo, do que depois do ano iniciado. Além disso, se não lutarmos por uma educação melhor, como preparar adultos, jovens e crianças para enfrentar um mundo cada vez complexo e difícil?

Pio XII, Maranhão, 21 de fevereiro de 2011.

TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DA REDE ESTADUAL

Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão

SINPROESEMMA

Núcleo Sindical de Pio XII

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pio XII: professores da rede estadual decidem pela greve


Em assembleia realizada ontem (18) de manhã, na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Pio XII, os professores da rede estadual da cidade de Pio XII decidiram por unanimidade pela realização de greve em defesa da aprovação do Estatuto do Educador e da valorização dos trabalhadores em educação.

A assembleia contou com a presença da representante do Sinproesemma (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão) de Santa Inês, Zuila Silva, e com professores das três escolas da rede estadual em Pio XII: Centro de Ensino Jansen Veloso, Centro de Ensino Newton Bello e Centro de Ensino Professor Rafael Braga.

Como em outros municípios maranhenses, os trabalhadores em educação de Pio XII aprovaram o indicativo de greve para o dia 1º de março. Na próxima segunda-feira, 21, data em que se iniciam as aulas na rede estadual, os professores explicarão aos pais e alunos as razões da greve.

Imagem: adaptação de desenho feito pelo artista Bruno Taveira.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Nossa solidariedade aos militantes do Centro de Defesa dos Direitos Humanos e da Vida de Açailândia

Expressamos nessa postagem nossa solidariedade com os militantes do Centro de Defesa dos Direitos Humanos e da Vida de Açailândia (CDVDHA), que estão sendo ameaçados de morte por denunciarem e atuarem no combate ao trabalho escravo na região.

Leia a denúncia na íntegra:

“A última Lista Suja do Trabalho Escravo, publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, divulgada no dia 5 de janeiro deste ano, coloca o Maranhão como o estado com o segundo maior índice de número de empregados submetidos a trabalho análogo à condição de escravo, e o campeão em exportação de trabalhadores resgatados em outras unidades da federação, principalmente no estado vizinho Pará.

Frente a essa situação de extrema violação dos direitos humanos o CDVDHA tem travado uma luta constante e denunciado o trabalho escravo na região, que destrói a vida de milhares de trabalhadores rurais no Maranhão.

A atuação corajosa e determinada dos trabalhadores e trabalhadoras, bem como dos militantes em denunciar os seus algozes, deu ao CDVDHA reconhecimento nacionalmente, mas também auferiu inimigos poderosos como fazendeiros e políticos alinhados ao coronelismo escravocrata, os quais têm ameaçado sistematicamente de morte ativistas do CDVDHA.

Frente às nefastas ameaças aos companheiros militantes do Centro de Defesa dos Diretos Humanos e da Vida de Açailândia, as diversas entidades abaixo relacionadas vêm expressar publicamente solidariedade aos companheiros defensores dos direitos humanos, dentre eles Antonio Filho, o advogado Nonato Masson e o membro do setor de comunicação do MST Reynaldo Costa, ambos organizadores do Atlas do Trabalho Escravo no Maranhão.

Assim, na tentativa de expressar nosso posicionamento destacamos a partir desta moção que:

§ Repudiamos qualquer tentativa por parte do Governo do Maranhão em escamotear esta situação, quer seja pelo fato de estarem envolvidos políticos e magistrados ligados às esferas de poder político e econômico, quer seja pela falta de estrutura adequada para averiguar e dar proteção aos trabalhadores e defensores dos direitos humanos.

§ Repudiamos as propriedades que estão ilegalmente dentro da Reserva do Gurupi, que comentem duplo crime ao permanecerem em uma área de preservação ambiental e ainda manter trabalhadores (as) em situação degradante e às vezes ceifando suas vidas de forma hedionda.

§ Apoiamos integralmente os companheiros do CDVDH que vêm sendo ameaçados de morte, bem como todos os trabalhadores (as) que têm denunciado e corajosamente resistido ao poder da violência no Maranhão”.