sábado, 29 de setembro de 2007

Estudantes dizem não a caricatura de congresso da UMES Pio XII

Ontem, 28, a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de Pio XII tentou realizar o que seria um “congresso”. Porém, o que se observou durante o breve tempo em que transcorreu o pseudocongresso, foi uma tentativa de manobrar os estudantes para a aprovação de um regimento e de uma comissão eleitoral que garantissem a continuidade no poder do grupo que ora comanda a entidade.

As primeiras manobras começaram já na convocatória para o congresso, marcado para uma sexta-feira à noite, dia normal de aula e em que, coincidentemente, as escolas da rede municipal estão em período de provas. Além disso, em várias escolas não foram eleitos delegados, como é o caso da Dr. Emílio Faray, no povoado Cordeiro, e a Senador Alexandre Costa, na sede do município. Também não houve comunicação formal às escolas sobre a realização do congresso, bem como qualquer divulgação massiva do evento, no sentido de garantir uma presença significativa de estudantes. Ou seja, todos os indícios já apontavam que o “presidente” da UMES, Pedro Lopes Filho, o Pedrinho (que, pasmem, nem estudante secundarista é mais), e a diretoria da entidade, preparavam um congresso de fachada para aprovar seus planos maquiavélicos.

Isso sem falar no fato de que o “congresso” fora marcado às vésperas da eleição da UMES, prevista para acontecer daqui a uma semana. Onde já se viu um congresso de uma entidade estudantil acontecer poucos dias antes da eleição da entidade? Só na cabeça de meia dúzia de burocratas, que apelam para as mais sujas artimanhas para não sair do poder...

Iniciado o suposto congresso, o “presidente” da UMES, Pedro Lopes, apresentou um regimento interno que sequer foi submetido ao plenário. Em seguida, passou à apresentação da proposta de regimento da eleição. O texto, que foi entregue a apenas parte dos delegados, constava de duas páginas grampeadas, sendo que a segunda página era uma repetição da primeira. E, apesar de os estudantes não terem conhecimento do teor da proposta – até porque não a haviam recebido – Pedrinho iniciou uma leitura, que mais confundia do que esclarecia, defendendo a aprovação imediata de cada trecho lido; ou seja: sem nenhuma discussão.

A manobra de Pedrinho foi questionada por Francisco Fabilson e Dário Silva, líderes estudantis que concorrem à eleição da UMES pela chapa 2. Eles revelaram ao plenário que o que Pedrinho tentava fazer era completamente antidemocrático e um desrespeito aos estudantes. O ex-presidente da UMES, Assis Filho, também presente ao “congresso”, propôs que todo o regimento fosse lido e só depois submetido à discussão. Fabilson, por sua vez, propôs que cada ponto fosse discutido imediatamente após a leitura. Colocadas em votação as duas propostas, a de Fabilson venceu por ampla maioria.

Um dos pontos da proposta da diretoria da UMES (inciso III do artigo 1°) sobre a eleição da entidade defendia que os delegados ao congresso teriam direito a voto, “com valor proporcional de 15% (quinze por cento) superior do voto unitário dos demais alunos” (sic). Onde já se viu manobra tão absurda e antidemocrática?! Fabilson defendeu a retirada desse inciso, proposta que foi aprovada por unanimidade, representando mais uma derrota para Pedrinho, Assis e sua camarilha. Os representantes da chapa 2 questionaram em seguida o quórum para a realização do congresso, que, teoricamente, deveria ser de no mínimo 50% + 1 dos delegados, pois chamava a atenção o pequeno número de delegados ali presentes (cerca de 50). Citados durante falação de Assis Filho, os professores Annes Lima e Gilcênio Vieira – presentes ao “congresso” para apoiar os estudantes que lutam pela ética no movimento estudantil e contra a burocracia e a ausência de autonomia da UMES – solicitaram o uso da palavra, no que foram atendidos pela mesa. Ambos destacaram a má vontade da diretoria da UMES em fazer um congresso realmente amplo e democrático. Tentando conter a rebeldia dos estudantes, que já se questionavam sobre o que estariam fazendo ali, Pedrinho anunciou que passaria a presidência dos trabalhos para Assis. Aí foi rejeição total, a gota d'água: ao ouvir isso, a maioria dos delegados presentes retirou-se do “congresso”, deixando Pedrinho e Assis com um grupo insignificante de supostos delegados.

Quando os estudantes saíam, Pedrinho ameaçou bater “na cara” de Fabilson, caso ele voltasse para o recinto do “congresso”. Ao lado de Pedrinho, alguns “estudantes” faziam outras ameaças de violência contra os que tinham tido a dignidade de se retirar da caricatura de congresso. Depois disso, Pedrinho e Assis promoveram uma farta distribuição de crachás, criando instantaneamente dezenas de delegados, aprovaram o regimento da eleição da UMES, a comissão eleitoral e, em apenas 20 (vinte) minutos, estava concluído o “congresso” da UMES...

O que Pedrinho e Assis tentaram fazer ontem, sem sucesso, é tão somente a continuidade de uma prática há muito utilizada pelas velhas raposas da política, que com medo de perder o poder utilizam-se de fraudes, chantagens, ameaças e violência contra aqueles que ousam questionar tão vergonhosas atitudes.

A UMES Pio XII há muito deixou de ser uma entidade representativa dos estudantes, devido à política de bajulação ao poder que Assis e Pedrinho levaram para dentro da entidade. Durante sua primeira gestão, a UMES recebia dinheiro da administração Veloso. Até às vésperas da eleição para o governo do estado, a entidade apoiava o deputado Pedro Veloso e era por ele financiada. Porém, poucos dias antes da eleição, o ex-presidente Assis Filho declarou apoio a Roseana Sarney (que jovem de princípios sólidos...) e, em Pio XII, aliou-se ao prefeito Mundiquinho Batalha. Hoje, a UMES recebe dinheiro da administração Mundiquinho, funciona em prédio anexo à casa do prefeito e segue as determinações de Mundiquinho e seu grupo.

A submissão a um ou outro grupo de plantão faz da UMES uma entidade estagnada, sem independência política e completamente ausente da realidade estudantil.

Pedrinho e Assis Filho são duas figuras completamente desmoralizadas. Na eleição para a diretoria da UMES em 2005, Assis “comandava” um trio elétrico em que dirigia ofensas à chapa concorrente e ao prefeito Mundiquinho Batalha e oferecia ingressos para o circo (compra de votos) para que os estudantes votassem em sua chapa, entre outras baixarias. No ano passado, Assis saiu da UMES e quem assumiu a presidência foi Pedrinho, que nem sequer fazia parte da diretoria... Hoje, Pedrinho é universitário; mesmo asssim, continua “presidindo” a UMES e é candidato na próxima eleição, pela chapa 1. Uma vergonha.

Os métodos de Assis e Pedrinho são usados há bastante tempo pelas gangs que tentam controlar o movimento estudantil no Maranhão e que tem entre seus principais nomes o atual “presidente” do Conselho Estadual de Juventude (Cejovem), Raimundo Penha. Penha é acusado, entre outras coisas, de desvio de pelo menos R$ 60 mil, que “sumiram do caixa da Umes [São Luis] quando Penha estava vinculado a ela” (publicado no Jornal Pequeno, edição do dia 9/9/2007). Penha e Assis foram escolhidos para o Cejovem de maneira burocrática e irregular, pois “Penha (...), que cursa o quinto período do Curso de Direito do Uniceuma, representa ironicamente uma entidade secundarista (Central Estudantil – CES). (...) Assis Filho, colega de curso superior de Penha, também está irregular; afinal, como representar uma entidade (Umes) em Pio XII se o mesmo mora em São Luis? (...) Assim, eles não poderiam sequer ser indicados como conselheiros, já que o projeto de lei número 173/07, que cria o Cejovem, deixa claro que uma das formas de se perder o cargo é a desvinculação da entidade; ou seja, a vaga do conselho não é da pessoa física e sim da entidade; logo, todos esses estão irregulares e imoralmente atrelados a entidades secundaristas. Em um processo eleitoral, bastante atribulado com a posse no final da manhã e a escolha nada democrática dos principais cargos do Cejovem logo na tarde do mesmo dia da posse do conselho, fica claro o interesse dos armadores em manipular o processo eleitoral” (publicado no Jornal Pequeno, edição do dia 9/9/2007).

O movimento estudantil maranhense possui uma história de lutas, cujo marco principal é o movimento pela meia-passagem, em 1979. É preciso combater todos esses parasitas que se apropriaram das entidades estudantis para ganhar dinheiro nos departamentos governamentais e recuperar o espírito de luta dos estudantes maranhenses. É preciso denunciar as irregularidades cometidas no Cejovem e exigir uma nova eleição para o conselho.

A rejeição ao “congresso” da UMES é um sinal de que o movimento estudantil em Pio XII não quer mais ficar omisso diante de burocratas como Pedrinho e Assis, que recebem dinheiro dos políticos burgueses para usar os estudantes como curral eleitoral.

Desde já, o movimento estudantil piodozense tem uma urgente missão: mandar para a lata de lixo da história os parasitas e sanguessugas que só pensam nos seus próprios interesses e “esquecem” os problemas e reivindicações juvenis.

À luta, companheir@s!


A matéria do Jornal Pequeno do dia 9/9/2007 está disponível no link:

http://www.jornalpequeno.com.br/2007/9/8/Pagina63549.htm


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

CEEFM Jansen Veloso inaugura hoje a biblioteca Maria de Castro Portilho

O complexo Educacional de Ensino Fundamental e Médio Jansen Veloso, mais conhecido em Pio XII como CEMA, inaugura hoje, 24/09, a biblioteca Maria de Castro Portilho. A biblioteca recebeu esse nome em homenagem a ex-vice-diretora da escola, Maria Portilho, que há vinte e seis anos tem se dedicado ao CEMA com muita paciência e determinação.

A biblioteca possui um acervo de 4.050 livros, além de DVDs e fitas de vídeo, que a partir de hoje serão disponibilizados aos alunos e professores, para consulta e empréstimo.

A bibliotecária, a professora Maria Neide Ferreira da Silva, destaca a biblioteca “como mais uma conquista da comunidade escolar, fruto do trabalho persistente do diretor, José de Ribamar Jorge Andrade e da diretora pedagógica, Walquiria de Fátima Andrade”.

Ainda segundo a professora Neide, “com a biblioteca, os alunos ganham um espaço deles, para ler e pesquisar e, em conseqüência disso, melhorar o desempenho em todas as disciplinas”.

Mesmo antes da inauguração, a biblioteca Maria de Castro Portilho tem recebido a visita de muitos pais, os quais elogiam a iniciativa da escola e reconhecem a importância do local para o aprendizado dos seus filhos.

poema

oh baby

por você sou até capaz

de ganhar o nobel da paz


Gilcênio Vieira Souza,

para Annes.


CEEFM Jansen Veloso inicia trabalho de inclusão digital

Desde o dia 10 de setembro, o CEEFM Jansen Veloso realiza um trabalho de inclusão digital entre seus alunos de ensino fundamental e médio.

O trabalho abrange inicialmente um total de 178 alunos. São estudantes que antes de conhecerem as instalações do laboratório de informática da escola, não tinham idéia do significado da expressão “mundo digital”. Agora, para esses alunos, a realidade começa a mudar.

O laboratório da escola conta com dez computadores e uma impressora a laser. Segundo o professor de informática, Antonio Carlos dos Santos, “é forte a motivação dos alunos; muitos deles moram na zona rural e vêm de bicicleta para a escola, para não perderem as aulas de informática”.

O professor Antonio Carlos emociona-se com “a alegria dos pais dos alunos”, que comentam a ansiedade dos filhos, até a chegada da hora da aula de computação.

O laboratório de informática do CEEFM Jansen Veloso foi implantado como resultado dos esforços do governo do Maranhão no combate ao analfabetismo digital.