terça-feira, 1 de julho de 2008

Mar de lama: um golpe contra a ética estudantil

Em sua edição do dia 06/06, o Notícias de Pio XII revelou o golpe que a administração do prefeito Mundiquinho Batalha estava tramando contra a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de Pio XII. Nos últimos dias, o que já havíamos anunciado aconteceu a olhos vistos, numa vergonhosa rede de mentira, manipulação e cinismo, acobertada pelo prefeito Mundiquinho e que contou com a participação do ex-presidente da UMES, Assis Filho, Laestro Pereira, do núcleo do Sinproesemma (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão) e Antonio Nilson Braga, Denildo do Vale e Francisco Silveira, integrantes da UMES que, pela postura de tentar “vender” a entidade para o prefeito, receberam da diretoria da UMES, no início do mês de junho, a recomendação de que deveriam ser expulsos da entidade.

Há uma semana, Antonio Nilson Braga, Denildo do Vale e Francisco Silveira colocaram um “jornal” e um carro de som nas ruas convocando uma “assembléia” e divulgando que o presidente da UMES, Dário Silva, não poderia mais fazer parte da entidade, pois não freqüentaria mais o curso do magistério em que estava matriculado, sendo acusado também de “acarear” (está escrito dessa forma, com esse grosseiro erro de português) ilegalmente recursos. Disseram também que Dário teria se matriculado no magistério depois de concluído o ensino médio, no início de 2008.

Vários diretores da UMES procuraram o Notícias de Pio XII para dizer que 1000 reais, que segundo o “jornal” teriam sido recebidos por Dário, ficaram, na verdade, nas mãos de Antonio Nilson Braga, um dos que pretende lucrar com a saída de Dário da diretoria da UMES. Quanto a ter se matriculado no magistério depois de concluído o ensino médio, embora isso não seja proibido, o próprio Dário apresentou-nos documentos que revelam que ele iniciou o curso de magistério em março de 2007, portanto, quando ainda iniciava o 3º ano do ensino médio e não tinha nenhuma pretensão de se tornar presidente da UMES. Os documentos provam também que Dário não é “evadido” do curso de magistério, já tendo quitado 10 mensalidades do curso e uma parcela do diploma, faltando apenas 3 mensalidades e a última parcela do diploma (o último pagamento foi realizado há apenas uma semana).

A “assembléia” convocada por Antonio Nilson Braga, Denildo do Vale e Francisco Silveira aconteceria na sexta-feira, 27/06, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Aconteceria; pois, na verdade, o que aconteceu não foi uma assembléia, mas uma armação patética e violenta, encenada com a intenção de impedir o direito de expressão de Dário Silva e dos demais diretores da UMES que agem com ética e responsabilidade.

O público da “assembléia” era composto em sua maioria por crianças que sequer sabiam o que estava acontecendo, levadas à reunião com a promessa de que receberiam um lanche. Uma das crianças declarou que não tinha “nada contra Dário” e que tinha ido à reunião porque Francisco Silveira havia prometido “geladim e merenda pra gente”. De fato, um dos integrantes da trama, Denildo do Vale, foi ao colégio Cema, prometendo que se os alunos fossem para a “assembléia” iam ganhar merenda. As pobres crianças fora usadas para carregar frases dizendo “Fora Dário”e na reunião eram incentivadas a vaiar o presidente da UMES.

Mesmo estando evidente a armação, Dário Silva compareceu ao teatro de horrores e procurou se defender, mas foi continuamente impedido. E, quando Dário tentou reproduzir uma gravação em que ficava evidente a negociação financeira entre Antonio Nilson e a administração Mundiquinho, o microfone foi desligado, cadeiras foram derrubadas e os organizadores da “assembléia” saíram pela tangente, numa demonstração de covardia e cinismo.

A perseguição continua

Além de patrocinar essa gangue que age no movimento estudantil, chantageando, subornando e perseguindo, Mundiquinho Batalha também persegue Dário Silva em seu local de trabalho. Há meses, Dário, que é funcionário público municipal desde 2006, vai diariamente ao local em que está lotado, a biblioteca pública, mas é impedido de assinar o ponto. Há algumas semanas, a prefeitura abriu contra ele um “processo administrativo”. Ao procurar saber da presidente da comissão processante, Núbia Silva, o que deveria fazer para que o “processo” acabasse, Dário ouviu Núbia dizer que bastava ele comparecer à convenção partidária do prefeito (realizada no último domingo) e manifestar apoio a Mundiquinho, que o “processo” findaria. Está tudo explicado...

2 comentários:

  1. parabéns, Gilcênio, desde quando vc chegou em Pio XII,eu sabia que vc ia fazer a diferença,que Pio XII iria começar a sair do coronelismo. Estou morando em MT,mas continuo acompanhando as notícias.

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