segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Satélite que vai cair contém substância que faz mal à saúde

Satélite espião dos Estados Unidos deve cair na Terra até março, anunciou nesta segunda-feira (28) Bryan Whitman, porta-voz do governo norte-americano. A queda do satélite está gerando preocupações sobre a possibilidade de contaminação da atmosfera no local do impacto. O receio vem aumentando principalmente devido ao segredo que rodeia o programa. Os Estados Unidos contam com uma rede de satélites espiões no espaço. As características destes aparelhos, que podem custar mais de um bilhão de dólares, constituem segredo de Estado.

Para atender as necessidades militares, os satélites espiões necessitam de uma reserva de energia maior que a dos demais aparelhos que orbitam o planeta. Por isso, alguns especialistas afirmam que eles teriam de ser abastecidos com energia nuclear ou hidrazina, substância química que causa câncer e problemas no fígado.

É característico dos Estados Unidos tentar aumentar o seu poderio econômico sobre os demais países do mundo por meio do uso da tecnologia bélica e aeroespacial, pondo em risco a segurança de muitos habitantes do planeta Terra, que – é bom que jamais esqueçamos disso – não é propriedade do governo norte-americano.

Em 11 de julho de 1979, a estação espacial Skylab, também de responsabilidade dos Estados Unidos, caiu na Terra, espalhando pedaços sobre o Oceano Índico e a Austrália.

Autoridades acreditam que em 2002 os destroços de um satélite de 3.000 kg entraram na atmosfera terrestre e teriam caído no golfo Pérsico.


Base de Alcântara usa hidrazina

Segundo Demétrio Bastos, em artigo na Revista Espaço Brasileiro (Ano I, Nº 1, nov/dez/jan 2007), “as hidrazinas têm sido empregadas há décadas em todas as fases da propulsão espacial isto é, do veículo lançador, ao motor de apogeu”, sendo, portanto, empregadas no Centro de Lançamento de foguetes de Alcântara (CLA), Maranhão.

Junto com o tetróxido de nitrogênio, a hidrazina forma um par altamente explosivo. Ainda segundo Demétrio, “nas operações de transporte, armazenamento, carregamento e uso desses propelentes há que se tomar cuidado com a população vicinal embora mercê da excelente localização de Alcântara, não pareça crítico o emprego daquele par Hidrazina + Tetróxido de Nitrogênio no CLA. O mesmo não acontece em outros campos de lançamento, cercados que são por grandes concentrações de população”. O Centro de Lançamento de Alcântara ocupa 55% da área do município. Foi lá que em 22 de agosto de 2003 aconteceu a maior tragédia do Programa Espacial Brasileiro, quando morreram 21 técnicos que trabalhavam no lançamento do foguete VLS.
Com informações da Folha Online

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