terça-feira, 14 de outubro de 2008

“Mais vale estar no mundo independente e ser solidário” – palestra de Elisa Lucinda encanta o público da Feira do Livro



A atriz, cantora e escritora Elisa Lucinda encantou o público de São Luis em palestra realizada na ultima sexta-feira, 10. A palestra faz parte do Salão do Escritor, um dos eventos da 2ª Feira do Livro de São Luis, que acontece na capital maranhense de 9 a 19 de outubro.

Elisa Lucinda nasceu em Vitoria, Espírito Santo, em 1958. Desde 1986 mora no Rio de Janeiro. Publicou, entre outros, os livros O Semelhante, Eu te amo e suas estréias e A Menina Transparente. Como atriz, atuou no teatro (Bukowski, Bicho Solto no Mundo), cinema (A Causa Secreta, Gregório de Matos) e televisão (Kananga do Japão, Páginas da Vida). Atualmente, pode ser vista interpretando a personagem Pérola, da novela Mulheres Apaixonadas, reprisada pela Rede Globo à tarde no Vale A Pena Ver de Novo.

A anfitriã da palestra, a escritora e professora Sônia Almeida, lembrou, na abertura, a primeira visita de Elisa Lucinda a São Luis, dez anos atrás, e começou a recitar um dos mais belos poemas da palestrante, “Aviso da Lua que Menstrua”. A pedido de Sônia Almeida, a atriz Leda Nascimento, presente na platéia, continuou a recitar o poema e o fez com grande dramaticidade, arrancando forte aplauso do público e da autora do poema.

A palestra de Elisa Lucinda foi um encanto. Ela destacou a atividade literária como uma busca de compreender o mundo e procurar humanizá-lo. “Tem gente que é poema”, com essa belíssima frase explicou o processo de criação artística como um olhar sensível para a vida. “Arte é educação”.

Criticou o poder do dinheiro e a fraqueza dos que a ele se submetem: “Quem não tem valor, tem preço”. “Mais vale estar no mundo independente e ser solidário”, concluiu.

O evento apresentou uma falha técnica, quando o auditório Arthur Azevedo ficou sem energia elétrica e a palestra teve que ser continuada no auditório Machado de Assis. Mas nem diante desse fato, Elisa Lucinda perdeu o bom humor. Pouco antes do apagão, a escritora criticava a inexistência de propagandas de livros na TV. Quando a luz sumiu, Elisa Lucinda arrematou, rápida e gaiata: “Gente, eu estava brincando”.

No final, a escritora declamou o poema Só de Sacanagem, gravado pela cantora Ana Carolina: “se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!”.

Luis Carlos Lucena é o palestrante de hoje no Salão do Escritor, cujas atividades encerram-se no próximo domingo, 19, com a palestra do ex-Titã Arnaldo Antunes.

Um comentário:

  1. desculpe por nao ter ido ate sua casa para conversarmos pois passei pouco tempo em Pio XII.
    falando no filme Ai Que Vida e o maior sucesso no bairro Santa Rosa em Maraba,onde vive muitas familias do maranhao com isso ficou mais facil divulgar o filme.
    um abraço p/familia
    JOSIVALDO

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