domingo, 7 de outubro de 2012

Pio XII diz SIM à mudança: Paulo Veloso é o novo prefeito de Pio XII.




Veja abaixo o resultado da eleição em Pio XII, segundo os dados disponibilizados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral):

Prefeito

Paulo Veloso = 7.206 (50,42%)
Carlos do Biné = 6.816 (47,69%)
Dr. Franzé = 271 (1,90%)

Total de eleitores = 18.840
Comparecimento = 15.146 (80,39%)
Abstenção = 3.694 (19,61%)

Vereadores

1*. Hilquias = 1607 votos
2*. Júnior Bomba – 1007 votos
3*. Claudinho = 994 votos
4*. Patrícia Pereira = 824 votos
5*. Oscar Lima = 790 votos
6*. Davi = 775 votos
7*. Paulo Guilherme = 746 votos
8*. Josué Lima = 740 votos
9*. Pedro Veloso Filho = 533 votos
10*. Georthon Portilho = 474 votos
11*. Oene Quaresma = 453 votos

* Eleitos

12. Ivar Furtado = 843 votos
13. Zezinho do Bacuri = 397 votos
14. Vicente Siqueira = 366 votos
15. Duca Gonçalves – 333 votos
16. Professora Núbia Araújo = 310 votos
17. Neguinho do Relógio = 269 votos
18. Dário Silva = 252 votos
19. Catonho = 243 votos
20. Zé Rivaldo = 207 votos
21. Professor Xavier = 197 votos
22. Filipe Aires = 195 votos
23. Raimundinha da Cigana = 180 votos
24. Daniel Garcia = 125 votos
25. Luís Veloso = 103 votos 


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

DIAS DE PAZ



Nessas eleições, vários e estranhos acontecimentos deram o tom da campanha política em Pio XII. Muitos desses acontecimentos terminaram resvalando para problemas pessoais entre vizinhos, casais e amigos, colocando em risco relacionamentos duradouros.
Assim, a três dias das eleições para prefeito e vereador, observa-se um clima de forte tensão no município de Pio XII.
É preciso que os eleitores participem do processo eleitoral, não apenas votando, claro, mas intervindo nos problemas políticos da cidade. O nome disso é cidadania. Mas é preciso fazer isso de maneira objetiva, sem colocar em risco suas relações pessoais.
Esperamos que de hoje até o dia 7 de outubro possamos relaxar e viver dias de paz. Que as comemorações não se transformem em provocações e que as decepções não se transformem em atos de vingança.
A vida pós-7 de outubro continua: a eleição do próximo prefeito não resolverá, num passe de mágica, os sérios problemas do município de Pio XII. Esperamos que os eleitores aprendam a serem cidadãos e a reivindicar dias melhores não apenas durante o período eleitoral.
Desejamos dias melhores para Pio XII.
[Para contribuir para a cultura de paz, o autor deste blog resolveu excluir postagem do dia 1º/10, sobre acontecimentos ocorridos em assembleia de trabalhadores rurais, a pedido das autoridades de segurança e do advogado de uma das pessoas citadas.]

São Luís é uma das capitais com mais assassinatos de mulheres




SÃO LUÍS - Os índices de homicídios de mulheres em São Luís são altos. O último levantamento divulgado pelo Mapa da Violência 2012 mostra que a capital maranhense ocupa a 12ª posição no ranking das capitais brasileiras nas quais mais foram registrados homicídios de pessoas do sexo feminino.
Os números fazem referência ao ano de 2010 e foram obtidos por meio de levantamento feito pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde (MS). De acordo com o estudo, São Luís tem uma taxa de 6,3 homicídios para cada 100 mil mulheres, ocupando a 12ª posição no ranking das capitais brasileiras nesse quesito. Entre as capitais nordestinas, a cidade sobe para a 6ª colocação.
Com relação às outras capitais do Brasil, em primeiro lugar em homicídio de pessoas do sexo feminino aparece Vitória (ES), com uma taxa de 13,2 homicídios para cada 100 mil mulheres. Em seguida, estão João Pessoa (PB), com uma taxa de 12,4; Maceió (AL), com uma taxa de 11,9; Curitiba (PR), com uma taxa de 10,4; e Salvador (BA), com 8,3. Em último lugar, a cidade onde foram registrados menos homicídios de mulheres foi Palmas (TO), com 1,7 homicídios para cada 100 mil mulheres.

Maranhão
A realidade de São Luís no que diz respeito aos assassinatos de mulheres é diferente da que prevalece no Maranhão. Segundo o Mapa da Violência 2012, enquanto a capital apresenta um dos maiores índices de assassinatos de pessoas do sexo feminino entre as capitais brasileiras, o estado tem uma das menores ocorrências desse tipo entre as 27 unidades federativas.
O estudo mostra que o Maranhão ocupa a 24ª posição no ranking entre os estados onde mais foram registrados homicídios contra pessoas do sexo feminino, com uma taxa de 3,5 homicídios para cada 100 mil mulheres. Em primeiro lugar aparece o Espírito Santo, com 9,8, seguido pelos estados de Alagoas (8,3), Paraná (6,4), Pará e Mato Grosso do Sul (ambos com taxa de 6,1 assassinatos).

Leandro Santos / O Estado

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Educação aos empurrões



Reconhecer que a educação não está boa é o primeiro passo para resolvermos seus problemas.

“A educação está boa”, esta é uma das principais propagandas da coligação que apoia o candidato Carlos do Biné à prefeitura de Pio XII. Fatos e indicadores mostram que não.
Uma das primeiras mentiras é apresentar o salário dos professores e o pagamento em dia como se fosse uma bênção do prefeito e da secretária de educação. Na verdade, não foi por um gesto de caridade do prefeito que os professores obtiveram essas conquistas. Elas foram obtidas através de muita luta. Vamos refrescar a memória? 
Ao assumir a prefeitura de Pio XII pela segunda vez, em 2005, o prefeito Mundiquinho Batalha e seus secretários tinham a intenção de atropelar o Estado de Direito e governar da forma mais ditatorial possível. Eles só não contavam com a organização dos trabalhadores do serviço público municipal, que através de suas lutas mostraram para o prefeito que os tempos eram outros.
Uma das primeiras atitudes impiedosas de Mundiquinho foi deixar sem pagamento cerca de 600 funcionários. Não só ficaram sem pagamento como ficaram sem saber como seria o dia de amanhã. Passaram três meses sem receber um tostão e sem nenhuma explicação por parte de Mundiquinho e seus secretários. Aliás, quando se quis saber a razão de tanta maldade, a resposta do secretário de administração foi fria e lacônica: “procurem a justiça”.
E foi o que se fez. O fato foi denunciado ao Ministério Público, que abriu uma ação civil pública contra a administração Mundiquinho. O resultado foi que a justiça bloqueou os recursos do município para o pagamento dos servidores. Mundiquinho conseguiu entrar para a história, embora de uma forma nada honrosa: foi o primeiro prefeito, na história do município de Pio XII, a ter os recursos bloqueados na justiça para pagar os salários atrasados dos servidores. Esse acontecimento inédito deve ter traumatizado a administração Mundiquinho, que não quis mais saber de atrasar salários.
Mas a “ficha” ainda não tinha caído: o prefeito e a secretária de educação, Meire Froes, continuavam desprezando a mobilização popular e qualquer possibilidade de aumento de salários. A resposta foi uma greve relâmpago, em junho de 2005, com a ocupação do prédio da prefeitura.
Uma consulta ao site do Tribunal de Justiça nos mostra que entre maio e julho de 2005 foram abertos vários mandados de segurança contra a secretária de educação de Pio XII, por perseguição a servidores.
Em outubro do mesmo ano, o Ministério Público acolheu nova denúncia do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pio XII (SINSPPI) e exigiu que Mundiquinho Batalha realizasse concurso público. Mundiquinho e Meire foram obrigados a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a realizar o concurso. Na ocasião, Mundiquinho lamentou que ser prefeito hoje não era “como antigamente”.
Mas a luta continuava... Um ano depois (novembro de 2006) foi realizada uma das maiores manifestações públicas da história de Pio XII, quando centenas de servidores denunciaram o “mistério” dos abonos do Fundef que, segundo relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), apresentavam números que não correspondiam à realidade.
Não parou aí. Em maio de 2007, outra greve na educação, dessa vez contando com a união de dois sindicatos, SINSPPI e Sinproesemma (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão), o que contribuiu para a vitória rápida da greve.
E, finalmente, mais uma greve, em abril de 2012, que demonstrou o atual descontentamento dos professores com a gestão Mindiqunho/Meire Froes (embora a greve tenha sido derrotada, com a colaboração dos dirigentes, como provaria depois o comprometimento desses dirigentes com o governo Mundiquinho e a candidatura de Carlos do Biné).
Façam as contas: nesses oito anos de mandato Mundiqunho/Meire Froes foram vários mandados de segurança, uma ação civil pública com bloqueio dos recursos do município de Pio XII para pagamento dos servidores, um Termo de Ajustamento de Conduta que obrigou a administração a realizar concurso público, uma grande manifestação pública e três greves (abaixo temos uma síntese das lutas contra os abusos de Mundiquinho, Meire Froes e companhia). Diante desses fatos, pode a educação de Pio XII estar boa?

Longe de uma educação de qualidade
Sejamos realistas: a educação de Pio XII não está boa. Não admitir essa simples verdade é uma atitude politica irresponsável. Dados do IBGE, do IDEB e da Prova Brasil provam que a educação de Pio XII anda longe de ser uma educação de qualidade.
O grande número de analfabetos é um dos principais problemas. O Brasil possui 10% de analfabetos; no Maranhão são 20%. Pio XII tem 31,5% de pessoas com mais de quinze anos que não sabem ler nem escrever um bilhete simples.
Também é problemática a situação de Pio XII, levando em conta o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2011. O índice, criado em 2007 pelo governo federal, analisa as aprovações e o desempenho dos alunos na Prova Brasil, em Português e Matemática. Na 4ª série / 5º ano, Pio XII obteve 3,7, média inferior a do Maranhão (4,1) e a do Brasil (5,0). Na 8ª série / 9º ano, Pio XII também ficou atrás da média estadual e da nacional.
A Prova Brasil 2011 revelou ser crítico o desempenho dos alunos da 4ª série / 5º ano da rede municipal de ensino de Pio XII. Em Português, os nossos alunos obtiveram em média 153,1 pontos, o que revela, entre outros aspectos, terem dificuldade de identificar o tema de um texto e inferir o sentido de uma palavra.
Nessa mesma prova, a média maranhense foi 164,2 e a média nacional de 190,6.
O resultado da Prova Brasil em Pio XII foi inclusive inferior à média nacional das escolas rurais das redes municipais de ensino, que foi 167,4. Nessa mesma prova, Pio XII ocupa a posição 150º no Maranhão; o município está entre os 66 piores desempenhos no estado.
Na Matemática, repetiu-se o baixo desempenho dos alunos da rede municipal de Pio XII da 4ª série / 5º ano: 161,6 (Maranhão: 177,2; Brasil: 209,6).
Como os alunos, os professores são vítimas dessa situação. Não há no município uma politica de valorização dos professores e de motivação com vistas à superação dos problemas educacionais. A orientação que emana da secretaria municipal de educação é a de desprestigiar aqueles professores que se negam a baixar a cabeça e dizer “sim, senhora” para a secretária de educação (e os diretores de escola). Por essa razão, não é raro encontrarmos profissionais da educação trabalhando sob forte stress, pressionados e/ou perseguidos, sofrendo forte desmotivação no desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Por tudo isso, é uma hipocrisia fazer propaganda de que a educação está boa. A educação em Pio XII anda mal das pernas e o próximo gestor municipal precisa levar em conta esse diagnóstico se quiser mudar essa triste realidade.