A dança indígena Guardiões da Amazônia, proibida pelo
prefeito Mundiquinho Batalha de se apresentar no arraial do município,
apresentou-se na noite de ontem, na praça central de Pio XII.
Apesar de entregar o projeto de
apresentação da dança ao Secretário de Cultura, Telson Cruz, ainda no mês de
maio, a dança, organizada pela professora Núbia Silva, havia sido proibida de
se apresentar no arraial do município, por determinação do prefeito Mundiquinho
Batalha. Nem o prefeito nem o secretário apresentaram qualquer justificativa
para vetar a dança.
Diante do abuso de autoridade
do prefeito, a organizadora dos Guardiões
da Amazônia procurou o Ministério Público, que orientou a professora Núbia
a apresentar a dança na praça da cidade. Assim, a professora Núbia encaminhou
ofício à prefeitura municipal, à delegacia de polícia e ao Ministério Público
comunicando a hora e o local da apresentação. Até minutos antes do início da
apresentação, ainda se tentou impedir Os
guardiões de mostrarem seu trabalho para a comunidade.
Apesar de toda a perseguição
por parte do prefeito, a dança indígena foi apresentada. E foi um sucesso. Centenas
de pessoas compareceram para prestigiar o trabalho dos Guardiões. Finalmente os piodozenses puderam assistir uma belíssima
apresentação, que, apesar dos problemas de áudio verificados, não tiraram nem o
colorido nem o encanto da coreografia caprichada e que já tinha sido vista por
pessoas de seis municípios maranhenses. Ironicamente, só os piodozenses ainda
não tinham visto os Guardiões da Amazônia
em 2012.
Mas, graças à determinação da
professora Núbia e de todos os guardiões, a população de Pio XII pode ontem, em fim, apreciar
uma das mais importantes manifestações da cultura local. Touché!
Uma
administração marcada pela perseguição aos adversários
Se realmente pensasse no
progresso de Pio XII, a administração Mundiquinho apoiaria o belíssimo trabalho
dos Guardiões da Amazônia, grupo que
propicia a um grande número de jovens participar ativamente da produção
cultural, já que por parte da prefeitura não se vê incentivos concretos para o
desenvolvimento da cultura em Pio XII (uma prova é a decepção que foi o
arraial).
Em vez disso, em seus oito anos
de mandato, a administração Mundiquinho Batalha tem se destacado pela perseguição
aos adversários. Funcionários já foram deslocados dos seus locais de trabalho e
relotados em povoados distantes, sindicalistas exonerados ilegalmente dos seus
cargos, pessoas aprovadas em concurso do município que só foram chamadas depois
de entrarem na justiça e outros absurdos mais.
O ato mais recente de
perseguição do prefeito Mundiquinho foi a tentativa de impedir a apresentação dos
Guardiões.
O coronelismo vigente em Pio
XII mostra que Mundiquinho e família, seus secretários e aliados morrem de saudades
do regime militar. Chega de perseguições. Alguém precisa avisar a essa gente do
poder que a ditadura acabou.
Concordo Plenamente
ResponderExcluirO mesmo ocorreu com a Dança Indígena do C.E. Newton Bello. Além de não contribuir em nada naquela ocasião o Sr. Secretário de Cultura ainda tentou menosprezar nossa dança. O resultado foi a primeira Dança Indígena criada totalmente (inclusive algumas toadas) por piodozenses e principalmente pelos alunos do C.E. Newton Bello... Parabéns aos guerreiros...
ResponderExcluirBem lembrado, Jorge.
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