A manifestação pelo impeachment da
presidenta Dilma em São Luís, no domingo, 13 de março, aconteceu na Avenida
Litorânea. O mais notório político a convocar o povo para participar do ato em
São Luís foi o deputado federal João Castelo (PSDB). Em seu facebook, Castelo
além de convidar “todos e todas para a manifestação”, ressaltou querer apenas “um
país mais justo”.
João Castelo foi governador biônico (não eleito pelo povo) do
Maranhão pela ARENA, o partido da ditadura, de 1979 a 1982. Em 1992 se
posicionou contra o impeachment de
Collor.
Em 2015, a juíza Luzia Madeiro
Nepomucena condenou João Castelo à perda da função pública e dos bens e ao ressarcimento de R$ 115,1 milhões aos
cofres públicos por improbidade administrativa, cometida quando exerceu o
cargo de prefeito de São Luís (2009-2012).
Hoje (16/03), o Ministério Público do
Maranhão divulgou denúncia contra João Castelo por fraude na licitação
referente à compra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Na ação, ajuizada pelo
promotor João Leonardo Leal, o Ministério Público acusa também o ex-prefeito de
São Luís de praticar ilegalidades na implantação dos trilhos e construção de
estações e de passageiros.
Assim como João Castelo em São Luís,
por todo o país vários “moralistas sem moral” participaram das manifestações contra
Lula, Dilma e o PT, apresentando-se como as pessoas mais justas e corretas do
mundo. Porém, basta um rápido exame da vida atual e pregressa desses paladinos da
justiça, para descobrirmos as razões pelas quais defendem o impeachment de
Dilma e apoiam os abusos e o espetáculo midiático do juiz Sérgio Moro. Como fica
bem evidente no caso de João Castelo, não tem nada a ver com combate à
corrupção e moralização do país. Quem sabe, talvez seja saudades da ditadura...
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