Não
pretendia escrever sobre o segundo turno da eleição presidencial. Porém, é impossível
ficar calado diante da gravidade do cenário politico brasileiro.
A
gravidade consiste na possibilidade da eleição de Aécio Neves.
Aécio
tem o senhor Armínio Fraga como um dos elaboradores da proposta econômica do
seu partido e, se eleito, seu futuro Ministro da Fazenda. Fraga foi ministro de
Fernando Henrique Cardoso, o FHC, cujo governo deixou como herança para os
brasileiros a elevação do endividamento público, o crescimento do desemprego, a
desnacionalização da economia e a concentração da renda (ricos mais ricos,
pobres mais pobres). Armínio Fraga trabalhou e tem laços de amizade com o
bilionário George Soros, o megaespeculador das bolsas de valores. Não é coincidência
que o jornal Financial Times, em sua
edição de 17 de setembro último, saudou Fraga como o nome certo para dirigir a
politica econômica do Brasil. Assim, um eventual governo do PSDB representaria o
direcionamento do país para a especulação internacional.
Também
nos preocupa o ódio que aliados de Aécio demonstram em relação a negros,
pobres, nordestinos, homossexuais e beneficiários do Bolsa Família. Tornaram-se
comuns postagens na internet, vídeos e textos em que aliados do candidato
tucano apresentam-se como “superiores” aos eleitores de Dilma e apresentam várias
propostas fascistas como, por exemplo, a esterilização em massa das mulheres
nordestinas.
Como
Aécio acha que em 1964 não houve um golpe militar no
Brasil, não é de se estranhar que atraia gente fascista e que prega a violência
contra os mais pobres, bem como os que sonham com uma nova ditadura militar,
como os membros do Clube Militar que o apoiam, “militares e civis de excelente
poder aquisitivo”, como eles mesmos se declaram.
Por
que será que a possibilidade de Aécio ser eleito virou motivo de comemoração
para as multinacionais do petróleo? (ver matéria: http://mobile.bloomberg.com/news/2014-10-10/shell-to-halliburton-seen-winning-with-brazil-s-neves.html).
Essa alegria toda não é pensando na elevação da qualidade de vida dos
brasileiros, mas nos lucros fantásticos que o petróleo brasileiro pode gerar
para as empresas estrangeiras.
Aécio
eleito representaria um grande retrocesso econômico para o país e o aumento do ódio contra os oprimidos, inclusive com a possibilidade de
institucionalização de medidas fascistas e retrocesso em direitos civis e conquistas
sociais.
Mesmo
com suas limitações, o governo do PT conseguiu, entre outras coisas, aumentar a
renda do brasileiro e atuar de maneira soberana no cenário internacional: quando
antes tínhamos visto um governo brasileiro agir com autonomia diante do governo dos
Estados Unidos como fez a presidenta Dilma?
Por
todas essas razões (mais inúmeras outras, tais como o machismo e o
cinismo de Aécio etc.) é que devemos dizer NÃO ao candidato do PSDB e reeleger Dilma
Roussef.
A falácia da tão apregoada democracia racial que é o Brasil está vindo por terra. Mais e mais vemos manifestações de um racismo descarado contra pobres, pretos, nordestinos e todas as minorias. São essas mentes podres e doentes que dão o seu apoio a um candidato e homem tão cínico quanto Fernando de Henrique Cardoso. Que essa verdade venha à tona e seja escancarada aos quatro ventos. Parabéns, meu irmão, de sangue, de fé, meu amigo camarada.
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